Percevejo, uma das pragas do tomateiro, e formas de combatê-lo
O tomateiro é uma das culturas mais importantes em hortas domésticas e agrícolas em todo o mundo. No entanto, seu cultivo pode ser prejudicado por diversas pragas, entre elas o percevejo. O percevejo é um grupo de insetos que pode causar danos significativos às plantas de tomate, afetando a produção, a qualidade dos frutos e a lucratividade do cultivo. Este texto apresenta uma visão geral sobre o percevejo como praga do tomateiro e reúne estratégias de combate, desde medidas de manejo integrado até métodos de controle químico, biológico e cultural.
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1. O que é o percevejo e por que ele ataca o tomateiro
Os percevedos são insetos pertencentes à ordem Hemiptera e à infraordem Heteroptera. Existem várias espécies que podem atacar o tomateiro, destacando-se os percevejos-planadores (Coreidae) e, em alguns casos, percevejos-do-milho (Oebalus spp.) ou percevejos de solo (Podisus spp.). Em tomateiros, o interesse agrícola costuma recair sobre percevejos que se alimentam de seiva, mergulhando seus longos oprobitos ou probóscide na planta para sugar fluidos. Os danos podem ocorrer de diversas formas:
Danos diretos: perfurações na epiderme dos frutos, folhas e caules, que podem levar à descoloração, manchas, deformação dos frutos e aberturas que favorecem infecção fúngica ou bacteriana.
Danos indiretos: estresse na planta devido à sucção excessiva de seiva, reduzindo o crescimento, a produção e a qualidade dos frutos.
Alguns percevejos também podem transmitir patógenos ou facilitar a entrada de microrganismos oportunistas, agravando o quadro de pragas.
2. Sinais de infestação
Identificar a presença de percevejos requer vigilância regular. Sinais típicos incluem:
Manchas amarelas ou escuras nas frutas, geralmente próximas à pele.
Undulações ou amarelecimento de folhas em locais de penetração.
Pequenos pontos pretos ou marrons no fruto, que podem ser feridas de alimentação.
Observação direta de insetos alados ou necróticos na parte superior das plantas ou no solo ao redor das raízes.
Níveis reduzidos de tamanho e qualidade dos frutos maduros.
3. Fatores que favorecem a infestação
Monocultura prolongada: cultivo repetido de tomate em mesmas áreas aumenta a pressão de pragas.
Plantas adversas: presença de plantas-ponte ou de plantas hospedeiras de percevejos facilita o abrigo e a multiplicação.
Condições climáticas: temperaturas amenas, umidade elevada e períodos de déficit hídrico podem favorecer a atividade dos percevejos.
Falta de manejo integrado: ausência de rotação de culturas, cobertura do solo e controle de pragas auxiliares pode favorecer a população.
4. Estratégias de manejo integrado de percevejos no tomateiro
O manejo integrado de pragas (MIP) busca reduzir danos mantendo impactos ambientais e econômicos aceitáveis. Abaixo estão estratégias que podem ser combinadas:
Monitoramento e diagnóstico:
Realizar inspeções semanais das folhas inferiores, botões e frutos.
Utilizar armadilios absorventes ou armadilhas de feromônio quando disponíveis para percevejos específicos.
Registrar dados de infestações para orientar decisões de manejo.
Manejo cultural:
Rotação de culturas: alternar o tomate com culturas não hospedeiras por pelo menos 2-3 anos, quando possível.
Conservação de solo: cobertura vegetal ou mulching para reduzir a população de pragas no solo e manter a umidade estável.
Remoção de plantas infectadas ou com sinais de dano para reduzir fontes de alimento.
Plantio sequencial: evitar plantio excessivamente próximo, promovendo boa circulação de ar.
Controle de plantas-ponte e plantas hospedeiras ao redor da área de cultivo.
Controle biológico:
Preservação de inimigos naturais: joaninhas, crisópidas, predadores generalistas e parasitóides podem ajudar a reduzir populações de percevejos.
Introdução de inimigos naturais quando apropriado, respeitando regulações locais.
Uso de soluções de biocontrole disponíveis comercialmente, quando indicadas para a espécie de percevejo presente.
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